sexta-feira, 26 de abril de 2013

David Bowie faz seus primeiros comentários sobre The Next Day

David Bowie deu sua primeira "entrevista" comentando seu novo trabalho, The Next Day, em pouquíssimas palavras.


A pedido de Rick Moody, escritor da revista literária The Rumpus, Bowie fez um diagrama com 42 palavras associadas ao The Next Day. Usando essas palavras, Moody, usou mais de 12 mil para descrever o álbum e disse "The Next Day é a obra-prima mais improvável da música popular recente, o melhor álbum em muitos, muitos anos de um artista clássico do rock que parecia estar aposentado”.

terça-feira, 19 de março de 2013

O próximo dia do Camaleão do Rock

Escrevi isso para a aula de Jornalismo Impresso I, dai a tentativa de ser imparcial, porque pra falar a verdade eu tô surtando desde a primeira notícia sobre a volta do Bowie. Vou ver se tomo vergonha na cara e volto a postar aqui.




Depois de uma década, David Bowie saiu do isolamento, lançando uma nova e inesperada música no dia do seu aniversário de 66 anos, 8 de janeiro. Nessa data foi também anunciado o lançamento de um novo álbum, The Next Day. Muitos não acreditaram, mas agora em Março o álbum já está disponivel para streaming gratuito no iTunes e fisicamente em lojas por todo o mundo.

Com esse novo trabalho, Bowie derrubou os boatos sobre a saúde, mostrando que ainda é capaz de fazer um disco inovador. The Next Day não só é um álbum atual, que respresenta onde o cantor se encontra agora, mas também faz referências nostálgicas a época de seu auge, os anos 70 e 80. Época essa em que influenciou o glam rock, o punk e o post punk; e bandas como The Cure, U2 e Joy Division. Mas a influência de Bowie não para nos anos 80, ela se estende até hoje, em novos artistas como Lady Gaga e The Killers.

Apesar de ser um artista de prestigio, do qual muitos ansiavam por algo novo, o álbum não vazou em nenhum momento, coisa que é muito rara hoje. Ele foi gravado em total segredo, Bowie raramente era visto pelas ruas de Nova York, cidade onde mora. Todos os participantes do álbum tiveram que assinar documentos que os proibia de comentar qualquer coisa sobre o cantor e seu trabalho.

Em sua primeira semana de vendas, The Next Day já está em primeiro lugar em mais de 30 países, incluindo o Brasil, onde desbancou os álbuns do Charlie Brown Jr., cujas vendas aumentaram com a morte do vocalista, e os inéditos do Bon Jovi e Justin Timberlake, artistas que se apresentam no Rock in Rio  2013.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Alguns clipes que saíram esse mês e eu tava com preguiça de comentar

Amanda Palmer & the Grand Theft Orchestra - The Killing Type

O esperado, pelo menos por mim, álbum (Theater is Evil) do novo projeto da Amanda Palmer saiu e com ele mais um clipe lindo. Não tenho muito o que dizer, só que tem muito sangue e é lindo, mas confiram o que a Amanda falou sobre a composição de The Killing Type:

"Eu a escrevi inteiramente na minha cabeça durante uma caminhada, e não sentada no piano. Sai pra jantar com a minha irmã em Amsterdam e não conseguia achar um táxi pro meu hotel, que ficava a umas 15 quadras. Eu decidi ir andando e meu telefone estava sem bateria (ou eu provavelmente teria ligado pra alguém). Com uma longa caminhada e nenhum celular para atrapalhar, a música surgiu e eu compus tudo em uns 20 minutos. Quando cheguei criei os acordes no ukulele que eu tinha comigo e  terminei o verso final. É um bom argumento a favor de ukuleles. E contra os telefone. Mas o que fazer? É o futuro."

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Preview de exibição sobre David Bowie

O museu londrino Victoria and Albert anunciou há algumas semanas que faria uma exposição sobre o camaleão do rock, David Bowie, e hoje foram divulgadas algumas peças que faram parte da exposição, essa seria a primeira grande retrospectiva da carreira de um dos nomes mais influentes e do século XX.

(Foto para a capa de Aladdin Sane, 1973, por Brian Duffy)

A co-criadora da exposição, Victoria Broackers disse:
"Bowie é um pioneiro não só na música, mas também no teatro, videos, internet e downloads digitais. Ele sempre se envolveu pessoalmente e ativamente em tudo que cria e é constantemente citado como influência por cantores, designers e artistas. [...] Uma das coisas mais interessantes sobre o Bowie é seu individualismo, ele não faz o que os outros fazem e nem os diz o que fazer. Ele diz 'Seja quem você é, e você pode ser quem você quiser.' E ele é um bom exemplo disso, está sempre fabuloso e cool em qualquer roupa. Vamos exibir uma foto dele quando foi preso, e até nela ele está cool. Até o diretor criativo de nosso patrocinador, Gucci, cita David Bowie como uma fonte de inspiração."

domingo, 2 de setembro de 2012

Surtando com Mrs. Dalloway #3: Homossexualidade

Apesar de Mrs. Dalloway ter sido escrito em 1925 e Virginia Woolf ter nascido em 1882, a homossexualidade é tratada com naturalidade, assim como deve ser, o que demonstra que Virginia estava muito a frente de seu tempo. Tentei juntar aqui, os trechos que consegui me lembrar que demonstram essa naturalidade.

Septimus não sente atração ou amor por sua esposa, isso causa pânico e ele culpa o mundo por isso.
“O medo tomou conta dele – ele não podia sentir. Ele podia ser racional, podia ler Dante, por exemplo, muito facilmente [...], seu cérebro era perfeito, deve ser culpa do mundo então - que ele não sinta.”

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Surtando com Mrs. Dalloway #2: Septimus x Clarissa


Como já foi dito, algo une as consciências de Septimus Warren Smith e Clarissa Dalloway, algumas dessas coisas estão listadas e explicadas abaixo:

“Não mais temas o calor do sol.” – sobrevivência x morte

Os dois são assombrados por esse trecho de Cymbeline de Shakespeare, mas ele afeta cada um de maneira diferente. Para Clarissa a frase é reconfortante, uma maneira de se conectar com o mundo, o que a torna uma sobrevivente. Para Septimus, esse conectar com o mundo é algo ruim, traz horror ansiedade e loucura e assim, para o ponto de vista social, ele falha como sobrevivente. Mas para ele, por tudo que ele sentia e pensava, é um vencedor, ele conseguiu se livrar da natureza humana.
“Uma vez que você cai, Septimus repetia para si mesmo, a natureza humana está em você.”

domingo, 26 de agosto de 2012

Surtando com Mrs. Dalloway #1

Os personagens que Virginia Woolf imagina e cria são reflexões de sua própria busca por si mesma, é através de sua escrita que ela se entende, que se liberta. A escrita para ela é uma terapia, e é através dela que mantém o senso de proporção, a diferença entre real e imaginário, sanidade e insanidade, vida e morte. “É escrevendo que consigo minhas proporções”, Virginia escreveu em seu diário, demonstrando que escrever é seu jeito de derrotar a loucura, que ela descreve através de Bradshaw como “não ter um senso de proporção”.


Virginia desconstrói  gênero em seus personagens, há uma certa androginia no pensamento deles.  Como ela disse em A Room of One’s Own:  
“É fatal ser um homem ou mulher puro e simples; deve-se ser uma mulher masculinamente ou um homem femininamente [...] Uma colaboração deve acontecer entre a mente da mulher e do homem para que a arte da criação possa acontecer. Um casamento de opostos tem que acontecer.”